
Por alguns anos da minha vida passei bastante tempo perto de você, fisicamente, mas bem longe em pensamentos. Não entendo o que tornava tão difícil pra mim, só sei que não era a mesma relação de quando eu tinha 5 anos. Mesmo assim era em você que eu tanto confiava, era você que eu não temia, foi só em seus braços que eu abri meu coração. Foi você a pessoa que mais me entendeu, e eu fui a que menos te entendi.
No dia que você não estava mais ali, senti que nada seria como era antigamente, e realmente não foi. Longe dos seus olhos pude perceber o quanto é difícil viver sem o carinho e amor paterno, sem aquela pessoa em que eu confiava tanto. Posso dizer até que um herói, não igual a todos, não era forte e nem muito menos digno de segurança, era um herói que escutava Chico Buarque e que adorava escrever. Escrevia perfeitamente, sabia fazer das palavras a sua maior arma; arma de amor, arma de guerra, arma do bem. Tanto escrevia para mim, tanto expressava seu amor recatado com suas palavras. Eu não as lia, na verdade lia, mas era como se não lesse. Eu não conseguia entender tanta poesia, tanto sentimento em um verso só. Às vezes até mesmo ignorava achava que te privando do que tanto queria, eu iria conseguir te libertar. Eu não consegui, ninguém seria capaz de te livrar, só você mesmo.
Quando por vezes eu pensava em te perder, chorava como uma criança, sabia que esse dia chegaria, mas não sabia que me causaria tanta dor. Agora eu não posso mais te ver, suas mãos que escreviam e sua boca que sempre me falavam coisas úteis (ou não) já não podem mais seguir suas funções. Seu espírito está em um lugar que desconheço, mas confesso que me sinto ligada a você em pensamentos, como eu nunca estive.
No dia que você não estava mais ali, senti que nada seria como era antigamente, e realmente não foi. Longe dos seus olhos pude perceber o quanto é difícil viver sem o carinho e amor paterno, sem aquela pessoa em que eu confiava tanto. Posso dizer até que um herói, não igual a todos, não era forte e nem muito menos digno de segurança, era um herói que escutava Chico Buarque e que adorava escrever. Escrevia perfeitamente, sabia fazer das palavras a sua maior arma; arma de amor, arma de guerra, arma do bem. Tanto escrevia para mim, tanto expressava seu amor recatado com suas palavras. Eu não as lia, na verdade lia, mas era como se não lesse. Eu não conseguia entender tanta poesia, tanto sentimento em um verso só. Às vezes até mesmo ignorava achava que te privando do que tanto queria, eu iria conseguir te libertar. Eu não consegui, ninguém seria capaz de te livrar, só você mesmo.
Quando por vezes eu pensava em te perder, chorava como uma criança, sabia que esse dia chegaria, mas não sabia que me causaria tanta dor. Agora eu não posso mais te ver, suas mãos que escreviam e sua boca que sempre me falavam coisas úteis (ou não) já não podem mais seguir suas funções. Seu espírito está em um lugar que desconheço, mas confesso que me sinto ligada a você em pensamentos, como eu nunca estive.
Hoje, sinto orgulho de você, não que antes eu não sentisse, mas agora posso enxergar a vida com os seus olhos, só não busco as mesmas soluções, pois o caminho que você trilharia poderia ser mais difícil, mas com certeza causaria menos dor.
Viveu como quis sabendo que teria um fim, um fim que estava longe de ser o que eu desejava. Não adianta, não voltará, escrevo, escrevo e por mais que eu tente, nem todas as lembranças voltam. Juro que nos dias de hoje eu daria tudo pra te ter aqui comigo de novo, pra ouvir sua voz confirmando ou negando as coisas que faço. Levo uma bagagem com tudo que eu aprendi. Carrego uma bagagem com suas palavras únicas, muitas vezes sem nem um pouco de lucidez, mas que no fundo sempre deixavam uma enorme lição de moral. Poderei contar aos meus filhos, os seus netos, sobre esse herói; que para muitos não foi ninguém, mas que para mim foi a pessoa mais incrível que eu já conheci, o meu herói sem capa.
Sabrina Teles, 18/12/2009
Viveu como quis sabendo que teria um fim, um fim que estava longe de ser o que eu desejava. Não adianta, não voltará, escrevo, escrevo e por mais que eu tente, nem todas as lembranças voltam. Juro que nos dias de hoje eu daria tudo pra te ter aqui comigo de novo, pra ouvir sua voz confirmando ou negando as coisas que faço. Levo uma bagagem com tudo que eu aprendi. Carrego uma bagagem com suas palavras únicas, muitas vezes sem nem um pouco de lucidez, mas que no fundo sempre deixavam uma enorme lição de moral. Poderei contar aos meus filhos, os seus netos, sobre esse herói; que para muitos não foi ninguém, mas que para mim foi a pessoa mais incrível que eu já conheci, o meu herói sem capa.
Sabrina Teles, 18/12/2009