
Não há mais começo. Há um fim, há você sem mim e a solidão como sua mais fiel companheira. É ela que está com você. Diversões momentâneas no fim de cada dia são transformadas em solidão. Pois quando não há mais alguém que te acompanhe eu entro em cena em forma de memórias. Mas memórias não pesam. Memórias nada são perto do que de fato aconteceu.
Sei o incômodo que te causo, o abismo que criei entre nós causa isso. Posso até simular a sua dor, posso até rir dela.A intensidade da mesma não pode ser comparada a minha; perto dela o que senti é um átomo em todo universo. Posso dizer que sua dor carrega todos os átomos, posso dizer isso sem me sentir má. Pois atrás de cada maldade minha há um motivo seu.
Beba. Beba do seu veneno e se lambuze com ele. Esse é o preço que se paga por não crescer no mundo de gigantes. Agora cresce, moleque! Cresce e tenta na sorte pelo menos a honra do meu perdão.
23/09/2010, Sabrina Teles