
Morre de amores,dores, lamentações, sofrimentos. Morre de angústia, tristeza, saudade. Humilha-se, e perde a noção do quão ridículo é rastejar pelo amor de alguém que não o deseja mais. Chora, sofre e clama para que o passado volte. Mas ele não vem mais, já se perdeu nas datas corridas de um calendário que ficou para trás.
Jura para si todas as noites que amanhã será diferente, não lembrará mais dela e não desejará o sorriso encantador. Asfixia todo amor com uma mensagem de texto para outro alguém, promete fazê-la feliz, mas no fundo não quer se libertar do que se foi.
Textos parafraseados de internet, livros, TV, rádio, dão a ele a esperança de que o amor verdadeiro sempre volta. Assim, se alimenta de memórias, bebe do veneno que sai dos próprios lábios. Acredita nas ilusões criadas pela mente, e ao invés de viver como um jovem qualquer, fica mergulhado em profundos planos para que tudo volte a ser como era antes.
Cego, surdo, mudo, não consegue enxergar e ouvir os dias de sol que o chamam. Desistir é o caminho mais longo, mas é o mais digno para a valorização do ser humano. Esquecer é a melhor escolha, mesmo sendo praticamente impossível. Ao contrário dos filmes, a amada não volta, porque essa é a vida real; as pessoas encontram seus caminhos, e seguem deixando o passado para trás.
A esperança o move e dá forças. Ela ficará viva até o fim; e assim o matará e rirá da invalidade de tanta espera. Pobre garoto, não deixe que a esperança goze de você, encontre seu caminho e a deixe partir.
Sabrina Teles; 27/01/2011