
É como café, em alguns causa vício, em outros causa repulsa. É feito chocolate, a maioria das pessoas gosta, mas ainda há quem odeie. Seria possível encontrar diversas metáforas para tentar expressar tal sentimento, mas nada é capaz de sintetizá-lo.
Para cada caso há sua regra, e para cada regra há uma exceção. Fugimos de casos, regras, exceções, nos livramos de tudo que nos levava ao caminho do comum, do casual.
O sentimento não é público, o que o difere dos outros é a particularidade nele contida. Não é necessário berrar, compartilhar, falar todo tempo. A sua existência o torna cada vez mais real. Independente do meio que ocupa.
O meio é sujo, há tudo que existe de mal nesse mundo. Mas quem foi que disse que é necessário viver no céu para se conhecer o paraíso? Ele está dentro de nós. Para a sua existência é necessário apenas eu e você, mais ninguém. Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso que o coração seja puro de sentimentos antigos, para o novo ser real. É indispensável a sinceridade, e isso nós podemos até vender.
Não precisamos de certeza que amanhã será tudo igual, o que nos alimenta é ânsia de não saber o que será de nós. Enquanto esse aperto fizer parte da nossa rotina, será sempre assim: contrariando quem quiser remar contra maré.
Sabrina Teles; 09/02/2011